sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Pensando sobre mim...e minha mãe

Um dia senti vontade de "conhecer" Jesus, o Salvador. Mesmo na adolescência, cercada de amigos, vez em quando sentia-me só. Apesar de gostar da solidão, da quietude do meu canto, não era isso, não era o estar só e sim algo maior, dentro de mim.
Tive uma infância boa. Me diverti e fui amada. Senti o amor de minha família, avós, tios/as, primos/as, especialmente de minha mãe. Lembro que apesar dela trabalhar, me levava sempre a um programa especial, mesmo que não fosse direcionado a mim.
Certa vez, quando tinha mais ou menos dez anos fomos ao show da Ângela Ro Ro. Eu fui com o uniforme do IERJ - Inst. Ed. do RJ, pois fomos da escola direto para o Centro, onde paramos um pouco - ela era/é Brizolista, fiel militante de esquerda, Cinelândia era seu "point", tinha sempre com quem e o que conversar ali, minha impressão era que todos conheciam a "Soninha". Depois fomos, se não me engano, no Teatro Rival assistir ao show da cantora.
Durante a infância amava sair com minha mãe, parecia que ela não tinha limites, não tinha "tempo ruim", não a via deprimida, sempre em plena atividade, conversando, "brigando" - era brigona! não deixava nada barato -, discutindo assuntos saudáveis, construtivos.
Apesar de meus irmãos e eu assistirmos o "Show da Xuxa", não era nosso melhor programa, nunca fomos fã da "rainha dos baixinhos", pois minha mãe nos ensinou a não admirá-la e mais tarde entendi o porquê. TV lá em casa ficava no "Jornal" quando ela estava em casa e eu lembro que odiava isso!
Ela fazia questão de nos mostrar e nos fazer participar, a mim e a meus irmãos, de um mundo que não precisaríamos, nos fazia conviver com pessoas de níveis sociais diferentes do nosso, pois para ela não havia diferença entre as pessoas e deveríamos ajudar sem esperar retorno. Minha mãe nunca pronunciou esta frase, mas vivia esta prática, era isso que gritava nas suas ações. Tinha carinho por todos e era também muito querida e admirada, mas a não ser minha avó, não vi ninguém sacrificando-se por ela como a vi sacrificar-se pelos outros. Não culpo essas pessoas, não tiveram uma "mamãe Soninha"! rsrs.
Na adolescência, percebi momentos tristes em minha mãe, cansaço e estresse do trabalho e comecei a entender que o capitalismo era péssimo para ela e para o povo. Eu não sabia o que era capitalismo, mas ela já havia reclamado sobre ele algumas vezes. Colocaram mais uma função para seu cargo de caixa: a venda e tinha que vender. O motivo de suas dores de cabeça poderia não ser só esse, mas lembro que minha mãe não tinha o menor talento para venda, para convencer as pessoas a fazerem negócios para beneficiar bancos e isso a feria.
Quando perguntava porque ela não era gerente, dizia que não queria "pisar" nos outros, preferia continuar onde estava e conviver com as limitações do cargo e do salário. Eu e meus irmãos não precisávamos de mais nada, tínhamos o suficiente.
Não sabíamos o que era "roupa de marca", tínhamos ótimas roupas das lojas de magazine, tipo C&A e na época, Mesbla. Tive também o privilégio de vestir lindas roupas costuradas pelas mãos da mamãe! Lindas saias, blusas, vestidos... lindos.
Aos 12 anos tive minha primeira calça jeans, mas, sinceramente, um jeans não havia me feito falta até aquele momento e certamente não faria.
Aos 13 anos, funkeira e realmente amante do funk, sonhava em ir para bailes "brabos", ouvir som no volume máximo e ir a bailes perto de casa não eram o suficiente. Coleginho, Cassino Bangu, Chaparral e outos e eram meu alvo!
Certa vez, sairia um ônibus "fretado"do meu bairro, de pertinho da minha casa, cheio de funkeiros/as para levá-los a um desses bailes. Meu bairro era quase extensão da minha casa, todos se conheciam e eu passava quase o dia inteiro na rua ou em casa de amigas e por isso poderia mentir para ela - ir para o baile que era num ótimo horário, 15hs às 19hs e dizer que estava na casa de alguém.
Pensei bem, pensei mais de uma vez. Me vi quase em lágrimas quando pensei que poderia acontecer algo comigo, um acidente, uma bala perdida, um soco violento em alguma briga. E minha mãe? E se não desse tempo d'eu me desculpar com ela? E se eu morrer mentindo pra ela?
Alguns podem dizer que é preciso arriscar, mas não com minha mãe, não arriscar condená-la à tristeza e a mim à ingratidão. Não fui e nunca mais pensei em ir, sabia que ela não deixaria mesmo e parei de sonhar com isso...rs.
Ela sempre quis que eu tivesse sonhos mais interessantes, tipo tirar melhores notas na escola. Dizia que eu era capaz, mas desinteressada.
Aos 16 anos já me dizia para estudar para concurso. Concurso? Eu não entendia. Não me interessava estabilidade no emprego nem bom salário. Ela já havia passado em pelo menos dois concurso durante sua vida e sabia o que estava dizendo.
Deixou-me escolher o esporte que gostaria de praticar, as músicas que iria gostar, o curso que iria fazer. Não terminei o Inglês nem o Espanhol, Informática sim! E o curso técnico em Turismo também. Gostei de Turismo, mas não o suficiente para terminar a faculdade que foi abandonada quase no fim por motivo de "força maior". Neste  momento, eu já não estava mais em casa dela e sim na minha, casada. Ela deixou-me casar aos 18 anos. Claro que sim, eu já tinha alcançado a maior idade. Não lembro de grandes brigas por causa do casamento "precoce", apenas algumas ressalvas.
Minha mãe nos criou, a mim e meus irmãos para sermos autônomos, responsáveis e bons.
Hoje, apenas hoje sei que o que aprendi com ela foi extremamente cristão. Amor, autonomia, igualdade, empatia, doação e a não espera de retorno das "boas ações", a sede de justiça, ódio da injustiça.
E quando enfim, conheci Jesus, infelizmente, conheci também a maldade, mentira, manipulação, falsidade, rancor, interesse, a quase completa falta de amor, o descompromisso.
Foi na igreja, no aglomerado cristão que tomei ciência de que essas coisas ruins existiam, não porque me diziam, mas porque eu via. Não numa comunidade cristã específica, mas no meio em geral dos que se diziam/dizem cristãos.
Creio que o que faltava em mim era conhecimento, hoje conheço um pouco mais... da maldade. Da bondade também, naqueles que como minha mãe, seguem pelo menos parte dos conselhos de Jesus.
Apesar de hoje ter minhas convicções pessoais, foi em casa que conheci Jesus, nas atitudes e vida de minha mãe.
Hoje como mãe, espero poder transmitir para os meus filhos tudo de bom que há em mim, mesmo que reclamem, mesmo que não gostem. Talvez aos 30, como eu, eles agradeçam.

Obrigada, mamãe Soninha!! (não se ensoberbeça... vc tem defeitos, tá!!! rsrs. e não brigue muito, hoje as pessoas são mais malvadas e orgulhosas do que antes.)

Obs.: não quero dizer que Jesus representa algo ruim e sim que os que proclamam Jesus não vivem Jesus. Generalizei, claro. Todos temos limitações, mas se cremos que Deus não coloca fardo maior do que possamos carregar, devemos rever nossas justificativas quando cedemos ao mal.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

A aproximação do elogio

Gosto de elogiar as pessoas, gosto de ver algo de positivo nelas, sejam roupas, acessórios, maquiagem, estilo do cabelo, atitudes, olhares, palavras, pensamentos expressos... tudo é motivo para elogios ou pelo menos uma palavra positiva. 
O ser humano é fantástico, maravilhoso, misterioso, criativo... uma eternidade de características que não cabem em si e geralmente, no cotidiano, enxergamos muito mais as maldades e coisas negativas do que as positivas, mas todos tem algo de bom em si.
Pode ser que eu aja dessa forma para receber o mesmo em troca, pode ser. Mas sem dúvida ajo assim porque gostaria de ser tratada assim. Gosto de agir com os outros da mesma forma como gostaria que agissem comigo, independente do retorno. Não necessariamente só elogiando - isso não significa nada, qualquer pessoa "falsa" faz isso brincando, com a maior naturalidade - mas procurando ser gentil, estando disposta a ajudar, envolver-me, etc. 
Pensando bem, se fizesse isso somente para receber em troca, já teria desistido... Sou muitíssimo exigente e as ações dos outros, na maioria das vezes, não são suficientes para mim. Então, já que não tenho um retorno  à altura de minhas "doações", poderia não doar mais! Soberba? Acho que não, verdade nua e crua, sem rodeios.
E vou arriscar generalizar. A maioria de nós não pensa no outro e sim no desgaste que é tratá-lo bem, aproximá-lo, conviver com ele e junto com ele seus numerosos problemas que estando próximos de nós, participaríamos de alguma forma, mesmo que só acompanhando.
É uma tarefa árdua olhar pro outro e ver algo de bom quando nossa mente é naturalmente egoísta e individualista, um exemplo sou eu mesma, quando falo, neste texto, sobre algo que considero qualidade, falo de mim, de minhas atitudes "boas" e quando falo do que não é bom, generalizo, não falo só de mim e sim de "todos".
Comprova-se aqui que eu sou mais uma egoísta e individualista que luta contra o "natural" distanciamento do próximo. Só mais uma. Não querendo ser só mais uma, mas fazer nem que seja um pouco, de diferença no meio da natural maldade, buscando a natural bondade, que existe, porque é ela que me motiva a olhar pro outro e realmente me sentir feliz e tentar fazê-lo feliz também, mesmo que por um instante, mesmo que com um simples elogio.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Primeiro: amar e cuidar de mim

Ao entrar na vida cristã, faço isso por mim, não por alguém. São carências minhas que não foram supridas, são ilusões minhas que querem tomar corpo, são desilusões minhas que precisam ser esquecidas, é um amor meu que não foi correspondido à altura da minha necessidade. Ser cristão é sim, amar a mim! 
Quando olhei verdadeiramente para Cristo e reconheci seu amor, fiquei sem palavras, sem explicação, sem nada... Só olhei pra Ele, contemplei e adorei! Ele me amou primeiro e com Ele aprendi e aprendo a cada dia o que é amar, sem as definições programadas, esquematizadas, bem elaboradas desse verbo, mas na vida, na prática, na atividade dele. Eu não sei definir o que é amar, mas sinto esse amor constrangedor. O que sei é que o amor começa em Deus e pode encher-me ou não. Deus é amor, sim é, pra mim.

Hoje, a grande maioria dos eventos evangélicos com discurso "evangelístico" tem me incomodado. Não era pra incomodar, talvez, afinal, cada um dará conta de si, mas acabamos prejudicando a "conta" do outro. Incomodo-me com crentes mal resolvidos que se colocam como ponte para fazer outros felizes. Incomodo-me com a farsa, com o discurso, com a mentira. Crentes que não aprenderam a olhar nem para si próprios, pois ainda não conseguiram vislumbrar Jesus, quanto menos o outro... E vão evangelizar... mas para falar de que? para falar de quem? Pra mostrar que face? Claro que se olharmos somente para nossas limitações, não vamos a lugar algum, não faremos nada, não nos sentiremos capazes, mas devemos olhar para "nossa" capacidade com ressalvas, muitas ressalvas, caso queiramos levar alguém a alguma coisa ou pessoa. 
Devemos olhar para nós como amados, primeiro, para amar e servir aos outros e não pensar que podemos "levar" alguém para algum lugar. Devemos servi-los e o Caminho em que estamos os levará. Simples assim e difícil assim. 

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Viagem nas nuvens

Amo nuvens. Imagino que sejam gostosas para mastigar e que deve ser maravilhoso mergulhar na sua "fofura" e caminhar na sua maciez... Loucura? Pode ser. Ir para o céu é loucura. Morar com Jesus é loucura.   A salvação em Cristo é loucura. Por que, crendo em todas essas loucuras, não posso também crer que um dia terei tanta harmonia com as nuvens a ponto de equilibrar-me sobre elas? Por mais que isso só faça parte da minha imaginação, é confortante pensar nas nuvens, talvez porque eu goste de "viajar" nas nuvens. Elas são mesmo parte do meu consolo. 
E o que são as nuvens? Partículas de águas suspensas na atmosfera... pensando bem, que consistência tem as nuvens? Penso na consistência, por isso gosto das nuvens mais densas, pesadas, com formatos quase que sólidos. Um irreal travestido de real, mas sendo real, afinal, são mesmo nuvens! E tem mesmo consistência! Talvez não a consistência que eu conheço, mas tem a sua, a que é necessário ter.
Hum... Já voei alto demais...

terça-feira, 21 de agosto de 2012


Então queres ser um escritor?

se não sai de ti a explodir
apesar de tudo,
não o faças.
a menos que saia sem perguntar do teu
coração, da tua cabeça, da tua boca
das tuas entranhas,
não o faças.
se tens que estar horas sentado
a olhar para um ecrã de computador
ou curvado sobre a tua
máquina de escrever
procurando as palavras,
não o faças.
se o fazes por dinheiro ou
fama,
não o faças.
se o fazes para teres
mulheres na tua cama,
não o faças.
se tens que te sentar e
reescrever uma e outra vez,
não o faças.
se dá trabalho só pensar em fazê-lo,
não o faças.
se tentas escrever como outros escreveram,
não o faças.

se tens que esperar para que saia de ti
a gritar,
então espera pacientemente.
se nunca sair de ti a gritar,
faz outra coisa.

se tens que o ler primeiro à tua mulher
ou namorada ou namorado
ou pais ou a quem quer que seja,
não estás preparado.

não sejas como muitos escritores,
não sejas como milhares de
pessoas que se consideram escritores,
não sejas chato nem aborrecido e
pedante, não te consumas com auto-
-devoção.
as bibliotecas de todo o mundo têm
bocejado até
adormecer
com os da tua espécie.
não sejas mais um.
não o faças.
a menos que saia da
tua alma como um míssil,
a menos que o estar parado
te leve à loucura ou
ao suicídio ou homicídio,
não o faças.
a menos que o sol dentro de ti
te queime as tripas,
não o faças.

quando chegar mesmo a altura,
e se foste escolhido,
vai acontecer
por si só e continuará a acontecer
até que tu morras ou morra em ti.



não há outra alternativa.


e nunca houve.

Charles Bukowski

segunda-feira, 26 de março de 2012

É na igreja que se encontram os piores ateus

Não acredito que existam ateus, literalmente ateus, fora da igreja. Creio que alguém que se diz ateu, na verdade quer dar uma resposta curta e "grossa" às bobagens que se vê por aí feitas em nome de Deus. Para mim, os que se dizem ateus são agnósticos, não sabem, por isso, não afirmam e estão corretos, procuram ser sensatos. Não creem, por isso, não afirmam, são frios. Mas antes frio do que morno, diz a Palavra que creio, ser de Deus.
Posso estar errada quanto aos ateus, mas o pouco que já ouvi e li acerca do ateísmo me causou esta impressão.
Então penso: se ateu é quem não crê na existência de Deus, na igreja temos sim, ateus!
Igreja, aprendemos que é o povo de Deus e/ou o templo onde se reúne este povo, sendo dividido em comunidades espalhadas pelo mundo, no caso da igreja cristã. Esta definição é simples demais, mas vou ficar com ela mesmo. Igreja está diretamente relacionada a Deus ou divindades, mas é a cristã que me interessa, vou referir-me sempre a esta quando falar em igreja.
Nessas igrejas as pessoas devem crer em Deus, no seu amor e justiça, na sua palavra e orientação. Infelizmente,  há quem pregue o amor, a justiça, dão orientações baseados na palavra de Deus, exigem dos seus ouvintes/seguidores/discípulos o cumprimento da orientação, mas não são capazes de fazer o que "mandam", não são capazes de crer no que dizem!
Romanos dois. Por este motivo sim, o nome de Deus é blasfemado entre os gentios! Por este motivo o nome de Deus não é respeitado pelos de fora... se os de dentro não são capazes de demonstrar respeito.
Não, não são os "hereges" com suas ideias "loucas" que blasfemam, não são os "depressivos" com sua "falta de fé", não são os ignorantes com sua falta de informação, são os super-crentes, os grandes pastores, apóstolos, "fiéis" discípulos de "deus", sei lá de que deus! Não pode ser o Deus da bíblia, não pode ser o Deus de amor, não pode ser o Deus de justiça, pregado, inclusive, por estes, pois se cressem na justiça de Deus, não mentiriam tão vergonhosamente, se cressem no amor de Deus, não maltratariam tanto, se cressem em Deus não seriam capazes de disseminar tanta ruindade e mentira por este mundo afora.
Ateus, ateus, sim, pois não creem, não creem em nada, não creem em absolutamente nada a não ser em si mesmos, tem a eles próprios como deuses. Querem ser importantes, adorados. Gostam de manipular, de estar no controle . Egoístas. Raça de víboras.
Quanto sofrimento causam, quantas pessoas afastam da tentativa do conhecimento de Deus. Quantos matam emocional/psicologicamente, quantos afundam em desilusão e tristeza.
De pensar que eu posso ser isso...

Não, Pai, não me deixe ser assim. Sei que não estou livre disso, estou sujeita como todos os humanos a cair e cair feio, mas não quero. Não quero envolver-me num lamaçal nojento de engano, de hipocrisia. Não quero que minha mente e coração sejam cauterizados. Não quero, Senhor!!! Baseei minha vidas em Ti e no que aprendi a teu respeito, quis viver para ti e somente para ti, quis servir a este mundo, às pessoas, assim como entendi que nos serviu na pessoa de Cristo, mesmo sem precisar, mesmo sem merecermos. Não quero enganar as pessoas, não quero enganar a mim. Livra-me do mal, peço-te, em nome daquele me salvou, Jesus, o Cristo. Amém.
 

sexta-feira, 16 de março de 2012

Encontrando-me, ainda...


Autopsicografia                     
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.
Fernando Pessoa

terça-feira, 13 de março de 2012

Confesso, não sei escrever


Esses dias, lendo um post de um querido professor, me identifiquei com alguma coisa, falou profundamente... Outro dia também li uma frase num blog que acompanho, a que está destacada como "citação" que foi bem fundo... Sendo que esse pessoal sabe escrever, tem o que dizer, atraem, prendem. Eu realmente não sei escrever, não sei mesmo, tenho esperança de aprender e saber um dia, mas hoje sou realista, não sei. Mas tem alguma coisa que me impulsiona a escrever, a tentar, sai trôpego. Poesia, textos em geral, sei lá qual o gênero ou tipo, vou escrevendo. Minha cabeça não para, eu não consigo escrever tudo, não consigo expressar tudo o que está na cachola, ainda são coisas desconexas, assuntos diversos, coisas interessantes (na verdade, seria se eu soubesse articular...rs), coisas engraçadas, coisas fúteis, coisas que tenho receio de dizer (na minha confusão, é quase certo d'eu me arrepender...), enfim, coisas, muitas coisas. Mesmo assim, ainda não sei o que dizer/escrever, talvez porque eu precise ler mais, muito mais, mas ainda assim "preciso" escrever e "interagir", é como se eu falasse pra todo mundo ouvir, os de agora e os de depois de mim... Essa parte é estranha, talvez desnecessária, não entendo bem o porquê disso, até imagino, mas ainda longe.
É, parece que eu tenho que aprender a ler, pensar, depois, acho que vai ser menos difícil escrever. Processo longo esse, hein?!

domingo, 11 de março de 2012

Gentileza e esperança, havemos de ter!

Acorda Brasil! "Como será o futuro do nosso país? Brasil olha pra cima, há uma esperança, volta teus olhos pra Deus, Brasil!"
Lendo o profeta Gentileza, lembrei de alguns trechos de canções do João Alexandre e penso mesmo em como caminheremos, o que será de nós, humanos...?!, em especial, brasileiros.
A tecnologia a cada dia está mais desenvolvida, as pessoas com mais acesso a informção, as crianças mais espertas, etc. Aparentemente, deveríamos estar caminhando para melhor, mas a tecnologia é muito bem usada para o mal e nem tanto para o bem, acesso temos à informação, mas não buscamos, por isso não somos informados e nossas crianças super espertas crescem com suas mentes deturpadas focando o "ter". Claro que estou generalizando, mas estes procederes são os mais comuns.
Queria muito que esse mundo pudesse conhecer Cristo e vivê-lo, mas há tanta indiferença em nós que nos dizemos dele, que não é muito atrativo nele crer e muito menos segui-lo.  
Não, não sei o que fazer a não ser a minha parte... mas qual será ela? Viver e viver bem, acho.
Também não sei viver sem que seja em prol do outro (claro que se eu quiser, eu saberei bem rapidinho, sou egoísta, mas tento ser menos, a cada dia tento). Não vejo Deus senão na predisposição em servir, em cuidar.
Melhor que os militares e sistemas políticos, nós cristãos, serviríamos ao Brasil com amor, paz, justiça, abnegação e outras características "tipicamente" cristãs das quais, gentileza é uma, trazendo mais esperança para o nosso país. Ainda me perco em tanta maldade, mas "ainda não é o fim..."

domingo, 4 de março de 2012

Por que não viver de romance?

Parece meio irreal, talvez seja realmente, viver de romance, viver de amor... Por que não dá? Amor implica decisão, atitude, compromisso, empatia, respeito, cautela, esperança, etc. Por que não dá pra viver assim? Por que temos que viver a falta de amor, a mentira, o "jeitinho", a dúvida, o medo, a incerteza?

Ah, humanos... Só Jesus para nos amar assim!!

quinta-feira, 1 de março de 2012

GG's roubando a cena!

Gustavo odeia tomar banho, palavras dele mesmo, e pede a Jesus que o livre do banho. Depois de muito pedir para que ele vá tomar banho sem sucesso, tenho que "engrossar", aí ele vê que não tem mais jeito e vai chorando desesperado para o banho. Chegando no banheiro ele vai se preparando para entrar no box e pedindo a Jesus em lágrimas que não deixe ele tomar banho, não sendo atendido, ele começa a questionar o cuidado de Deus e o controle dEle sobre as situações. Não discuto. Como uma criança vai entender que Deus tem poder para fazer o que quiser, que temos que orar para levar a Ele nossas petições e quando o fazemos, não somos atendidos? É claro que para o bem dele mesmo, neste calor agoniante, "deus" não vai lirvrá-lo do banho, mas para ele, o poder de Deus poderia ser manifesto ali, dando um jeito de tirá-lo do banho.
Numa dessas noites, eu avisei que iriam dormir mais cedo e Gustavo começou seu clamor desesperado pedindo a Deus que não o deixasse dormir mais cedo, até que dessa vez, o banho não foi bem aceito, mas menos dramático. Para nossa surpresa, quando estávamos já todos preparados para dormir, seu pai chegou mais cedo do que o esperado e então ele pode curtir mais algumas horas acordado. Podemos atribuir a Deus isto? Eu, certamente, atribuo, ele também, mas só até o próximo pedido não atendido, pois nesse momento ele esbraveja tudo sem lembrar dos resultados positivos adquiridos anteriormente. Este é meu Gu. Bastão de combate pronto a atacar sempre, sem medo dos riscos, só vê a "bomba" quando está em cima dela. Que Deus te use, meu filho, que te ensine a amá-lo e a crer!
Palavras do Guilherme sobre uma frase que ele escreveu na contracapa de sua bíblia - "Deus, eu te amo e amo a tua palavra. Amém": "Mãe, eu não devia ter colocado amém, porque amém é "que seja assim" e na verdadade eu JÁ amo a Deus e a palavra dele, não é uma coisa que peço para contecer, mas já acontece." Ele tem um temor, um respeito, algo intenso em relação a Deus, sua justiça e seu amor. Guilherme é de uma sensibilidade difícil em crianças de sua idade. Ama orar e já teve algumas orações respondidas e quando não são, ele não se revolta com isso, pelo menos até agora. Não gosta de colocar sua vida em risco, é prudente e disciplinado, mas não dispensa uma boa discussão, adora colocar sua posição em relação a várias situações, odeia ofensas e represálias, é da área de Humanas, certamente, é reflexivo e odeia injustiça ou pelo menos o que ele acha que é injusto. Analisa, observa, não gosta de criticar nem de ser criticado, quer passar da infância direto para a fase adulta, pois diz que o adolescente é muito chato...rs.
Enquanto Gustavo odeia estudar e disse isso com todas as letras na hora de partir o bolo em sua festinha de aniversário, Guilherme ama estudar, aprender, ele ama saber!
Ambos amam sua família, Gu não gosta de dividi-la com outros, Gui abre excessão para alguns.

Não sei como agradecer-te, Senhor, por teu grande amor por nós, dando-nos estes meninos que são nossa vida. Obrigada. Continue a nos dar sabedoria e muito amor, vida longa e saudável para cuidar das nossas crianças, adolescentes, jovens e curtir nossos adultos, nossos netos e quiçá bisnetos?!
Guarde-os das más influências, Pai, clamo ao Senhor! que não cedam à maldade, que não queiram a destruição nem a perdição. Que queiram a ti, que aprendam a amar, que encontrem verdadeiramente o Senhor na longa caminhada que ainda têm pela frente.
As crianças do vídeo são lindas, mas nunhuma se parece com meus bbs. Fica a mensagem cantada que é muito bonita.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Um refúgio para Ananias

Refúgio, todos precisam de um, seja na mente ou na realidade, buscamos o refúgio, de preferência confortável, mas há os que não são.
Ananias cresce buscando refúgio, os que ele tem agora são insuficientes: seu teto, que ele odeia, sua família, que ele ama mas não ama, as drogas, que ele gosta mas não gosta, seus sonhos, que ele não acredita que irão se realizar.
Talvez no ventre de sua mãe estivesse realmente protegido, ainda não conhecia o lugar de onde iria ter que fugir.
O tempo passou e Ananias aprendeu a fugir, fugiu de tudo que o desagrada, inclusive da sociedade e das suas responsabilidades, fugiu da cidadania e foge ainda, não encontra rumo, direção, culpa a todos menos a si. Coitado... sim, talvez não, não sei, não sei mesmo.
Ananias fugiu porque desistiu, mas ele nem chegou a tentar! Ele viu fugirem e fugiu também, mas sem saber para onde, assim como os que fugiram antes dele e que o "ajudaram" na fuga.
Agora, Ananias acha que encontrou um refúgio, mas o refúgio que ele acha que encontrou é de carne e osso como ele e é "menor" do que ele, não o acomoda totalmente, confortavelmente. Então, quando Ananias se mexe buscando acomodação, incomoda e machuca o refúgio. Ele não enxerga que não cabe nesse refúgio nem esse refúgio cabe nele, que este não seria um refúgio, somente uma barraca para protegê-lo um pouco do sol e da chuva, ainda sentiria muito calor e se molharia com os respingos e sentiria o vento forte que a barraca-refúgio não impediria.
Como este refúgio que ele acha que encontrou ainda é insuficiente, ele continua a buscar refúgio...
Espero que encontre, Ananias, um refúgio, pelo menos neste período de carnaval, até que encontre o SEU REFÚGIO, que É O SENHOR!

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Enquanto isso, na Síria...

Não sei exatamente o que está acontecendo, o motivo real, mas há muitas mortes, mortes acima do normal, fome, feridas, agressões, dor, tristeza e falta de esperança. 
Segundo o que li até o momento, a população luta contra as mazelas de um presidente e ele reprime as manifestações com violência.
Acompanhando algumas notícias, não aguento e choro. Muita maldade. Penso em Deus e pergunto: por que? Já obtive esta resposta algumas vezes, mas às vezes elas parecem insuficientes, são tão curtas, tão objetivas, não são compatíveis com o meu sofrimento... Não! Eu não sofro nada perto dos que sofrem mesmo! Como estas respostas chegarão para eles se são curtas para mim? Não sei.
Maldade, maldade desenfreada... Ou não. Consola-me pensar que ainda posso estar na frente do computador escrevendo, lendo, posso dormir, ter os meus perto de mim e muitas outras coisas boas e maravilhosas posso curtir. Então não é tão desenfreada assim. A minha realidade me consola, mas e os que tem sua realidade  não tendo nada, não sendo nada a não ser pedaços de carne e ossos vagando pelo planeta?
Decidi não ter mais respostas e sim dar espaço às perguntas, mas o pior é que quanto mais perguntas, menos respostas há. Será que ficarei muda?!
Preciso de consolo, preciso de conforto, preciso de algo que é maior do que eu, por isso preciso tanto de ti, meu Pai, tanto... e clamo ao Senhor pela Síria, parece que eles precisam mais do que eu, só parece. Não sei o que pedir, são tantas coisas. Que o teu Espírito traduza essas tantas coisas.